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‘Novo’ Ensino Médio e os efeitos nas redes estaduais


Nesta seção de vídeos da Revista Educação Básica em Foco apresentamos reflexões de dois profissionais da educação básica, de duas redes públicas estaduais, sobre o processo de implantação do Novo Ensino Médio. Os efeitos dessa política na prática, sob o ponto de vista daqueles(as) que vivenciam no cotidiano das escolas os resultados e as mudanças causadas por uma política. A Revista Educação Básica em Foco convida a conhecer essas ricas experiências!



VÍDEO 01








Novo Ensino Médio e o Currículo da Rede Pública Estadual Paulista.
Profº Me. Marcos Pedro Rezende



No vídeo, o professor Me. Marcos Pedro Rezende das disciplinas de História e Geografia na Rede Pública Estadual de Ensino de São Paulo e atualmente no cargo de supervisor de ensino da rede realiza algumas reflexões acerca do Novo Ensino Médio e os efeitos na rede estadual. Ele chama atenção para dois pontos: o primeiro ressalta a alteração na LDB de 1996; e o segundo é a produção das matrizes curriculares do Ensino Médio da rede pública estadual paulista. Para o professor há um deslocamento dos objetivos de aprendizagem do ensino médio com a alteração da LDB de 1996 com a Lei que institui a BNCC. Esta faz a redistribuição das disciplinas de formação geral básica em itinerários formativos básicos, alterando também a carga horária - o previsto o mínimo na LDB, transforma-se em carga horária máxima durante os três anos do ensino médio. Na rede estadual de São Paulo, na 3ª série, a formação geral foi reduzida, dando ênfase aos itinerários formativos, por exemplo, com o tema “Homem e o ambiente, cultura do solo, alimentação do campo para a cidade” – trata de aspectos da distribuição da alimentação do campo para cidade; distribuição pelos espaços geográficos. A questão da alimentação saudável não é abordada, o que segundo sua análise impacta concretamente as vidas das pessoas. Sugere a análise do material impresso que foi encaminhado pela Secretaria às instituições e observar quem são as empresas que apoiam a produção do material – e destaca a presença da empresa Ifood nessa discussão. Para o professor é necessário envolver os professores, os gestores, famílias, pesquisadores, estudantes para se apropriem e analisarem os temas que estão sendo abordados em sala de aula das escolas, conhecer os objetivos dessa reforma, que foi implantada, mesmo no período pandêmico da Covid-19, sem discussões, participações da sociedade nos efeitos dessa política para várias jovens.



VÍDEO 02








Novo Ensino Médio na Rede Estadual de Educação Baiana
Profa. Me. Laiana Porto do Nascimento



Neste vídeo, a Profa. Me. Laiana Porto do Nascimento, coordenadora pedagógica de uma escola de pequeno porte da Rede Estadual de Ensino, situada numa zona distrital, no sul da Bahia, compartilha a sua experiência com a implementação do Novo Ensino Médio. Analisa que a proposta diminui de maneira geral a carga horária do currículo de formação geral dos sujeitos, o que prejudica as disciplinas filosofia e sociologia e, também pensar uma formação crítica do sujeito. Concentra-se nas disciplinas de português e matemática, o que para a profissional, para atender às avaliações externas. Destaca também sobre a formação dos professores, especialmente no que se refere ao trabalho por meio da interdisciplinaridade e transversalidade que os itinerários descrevem, sem apresentar condições para essa formação. Evidencia a crescente entrada das parcerias público-privadas nessa formação e oferta dos itinerários formativos. Destaca como positivo, a obrigatoriedade do componente História e cultura indígena, africana e afro-brasileira no primeiro ano do ensino médio. Ressalta os resultados das mudanças causadas e os efeitos dessa política na formação humanística dos jovens.



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