Vídeos


Neste número da Revista Educação Básica em Foco a discussão é sobre a reforma do ‘Novo’ Ensino Médio implantado no país, a partir da Lei nº 13.415 de 2017, ocasionando uma profunda reestruturação nessa etapa da educação básica. Essa política provocou diversas mudanças na organização do ensino médio das redes públicas estadual, com efeitos em uma nova matriz curricular, no percurso formativo dos jovens-adultos, nova relação público-privada, com foco na formação técnica profissional, aprofundando o sistema dual dessa etapa da educação, formar para a universidade ou para o mercado de trabalho. Para o professor e a professora que contribuem para esta seção, essa política desconsidera o direito à educação, à medida que que se apresenta uma orientação avessa à educação inclusiva, plural, diversa, pública, laica, gratuita, democrática e de qualidade social para todos e todas. Um projeto de educação avesso à democracia, à equidade e ao combate das desigualdades educacionais. Boa leitura!





‘Novo’ Ensino Médio – uma política que estreita o futuro da juventude brasileira







VÍDEO 01









Prof. Dr. Ronaldo Araújo (UFPA)



SINOPSE DO VÍDEO 1


No vídeo, o professor Ronaldo Araújo da Universidade Federal do Pará (UFPA) esclarece que a reforma do Ensino Médio não apresenta nada de novo uma vez que retrocede em décadas a concepção do direito à educação básica. Em sua análise a reforma dificulta que jovens tenham acesso ao ensino superior. Destaca três efeitos dessa política: reduz o conceito educação básica; ataca o conceito de profissionalização docente e; limita o conceito de educação pública e gratuita. Ao instituir 5 itinerários formativos, diminui a ideia de educação básica como conjunto comum da cultura nacional e que deve chegar a todos brasileiros e brasileiras. Quanto ao conceito de profissionalização docente analisa que flexibiliza e fragiliza ao admitir professores com notório saber, quando da ausência de professores, especialmente das disciplinas física, química, biologia, sociologia, história, artes, etc.. Para o professor, essa situação resolveu os problemas das secretarias de educação quando na ausência desses professores, elimina essas disciplinas, e busca como solução atividades que possam validar o itinerário profissional, com entidades que nem sempre estão comprometidas com a formação da juventude brasileira. Os efeitos limita o conceito de educação pública e gratuita ao favorecer os processos de privatização com parcerias público-privada. Esse processo tende a estreitar o futuro da juventude brasileira, porque essa reforma atinge mais as escolas públicas, em que há 70% dos jovens nessas escolas – pobres e marginalizados. Propõe um currículo com itinerário instrumental aligeirado, sem ciência, sem cultura, sem artes, dificultando que a juventude tenha uma formação completa. Defende assim, a revogação dessa reforma. .






Mudanças estruturais com o ‘Novo’ Ensino Médio








VÍDEO 02








Profa. Dra. Valdirene Alves de Oliveira (UEG)


SINOPSE DO VÍDEO 2


No vídeo, a professora Valdirene Alves de Oliveira, professora da Universidade Estadual de Goiás e do Programa de Pós-Graduação/PPGE/UEG/Unu Inhumas, analisa que a reforma do Ensino Médio se concretiza e ganha adeptos no período do golpe parlamentar-jurídico, resultado do impeachment da presidenta Dilma. Em si uma reforma marcada pela centralidade do currículo, presença do campo econômico atuando diretamente como parceiros dessa reforma, fornecendo material didático, suporte para os gestores, em uma perspectiva do empreendedorismo. A defesa do protagonismo juvenil, marcado de trajetória curricular possível de organizar por cada rede. Para a professora, nem a pandemia da Covid-19 foi capaz de parar a reforma, e o Exame Nacional ENEM foi realizado com a participação mínima dos estudantes da escola pública. Destaca preocupação com o Projeto de Vida disposto na política. Defende a revogação imediata dessa política e une aos movimentos em defesa de um ensino médio progressista e com possibilidade formativa em uma perspectiva humana.





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