Vídeos

Alfabetização e Letramento em tempos de pandemia


Apresentamos neste número análise sobre Alfabetização e Letramento em tempos de pandemia, as práticas pedagógicas em Educação Infantil, possibilidades e estratégias, de quatro professoras pesquisadoras. No vídeo a professora e vice-diretora da Anpae Distrito Federal Natalia de Souza Duarte relata sua experiência em uma escola pública do Distrito Federal, em que está como Coordenadora Pedagógica. Analisa as dificuldades apresentadas pela escola em tempos de pandemia, ao mesmo tempo, o empenho das professoras para levar o ambiente alfabetizador para as casas das crianças que frequentam a escola pública. No vídeo das professoras Hilda Aparecida Linhares Micarello e Mônica Correia Baptista apresentam a proposta e estrutura do Curso Leitura e Escrita na Educação Infantil, ofertado em formato de extensão, como alternativa e possibilidades nesses tempos híbridos, com objetivo de discutir o trabalho com as linguagens oral e escrita junto a crianças menores de seis anos, em instituições de educação infantil. O vídeo da professora Ângela Scalabrim Coutinho, Coordenadora do GT 7 da Anped, apresenta reflexões a respeito das práticas pedagógicas com crianças pequenas, considerando o período de pandemia. Salienta a importância, ao organizar as atividades, de considerar o cotidiano das crianças, seus contextos diversos, em interação com as famílias, pelo fato de que toda intermediação em contexto privado precisa considerar o educar e o cuidar. Realça a dimensão do trabalho intelectual das profissionais, que não são meras executoras de um currículo previamente previsto e de atividades prontas, mas refletem, selecionam, planejam, acompanham, propõem e avaliam aquilo que acontece no contexto do trabalho pedagógico.





Desafios para alfabetizar em contexto pandêmico







VÍDEO 01







Natalia de Souza Duarte, professora e vice-diretora da Anpae do Distrito Federal - DF.


SINOPSE DO VÍDEO 1


A professora e vice-diretora da Anpae do Distrito Federal Natalia de Souza Duarte relata sua experiência em uma escola pública do Distrito Federal, em que está como Coordenadora Pedagógica. Descreve a organização da escola para o início do ano de 2021, na modalidade remota, por conta da pandemia da Covid-19. Resgata um contexto político e econômico em que o Brasil vivencia nas últimas décadas, especialmente em relação à função do Estado, que afeta as políticas sociais, dentre elas, a educação. Considera esse contexto em uma perspectiva global, em que há perda das condições de trabalho, a proletarização do trabalho, com a chamada uberização. Nesse contexto, a pandemia chega e atinge as escolas, os profissionais da educação e a comunidade escolar. Analisa os arranjos feitos pelas escolas para manter o princípio do direito à educação, mas que precisa considerar que boa parte das crianças não têm acesso a internet. No que se refere à alfabetização e às aprendizagens, via o uso das tecnologias, questiona como alfabetizar, nesse modelo remoto: Como alfabetizar as crianças do bloco inicial da alfabetização? Como assegurar os fundamentos fonêmicos, fundamentos cognitivos e fundamentos linguísticos remotamente? Como levar esse ambiente alfabetizador para as casas das crianças, pensando as desigualdades sociais das crianças que frequentam a escola pública? Da perspectiva da aprendizagem da criança, responde a essas questões complexas, a partir de sua experiência profissional na educação básica.






Leitura e Escrita na Educacão Infantil









VÍDEO 02








Hilda Aparecida Linhares Micarello, professora da Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF.
Mônica Correia Baptista, Professora da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG.


SINOPSE DO VÍDEO 2



Professoras Dra. Hilda Aparecida Linhares Micarello e Mônica Correia Baptista apresentam no Seminário de Abertura do Curso Leitura e Escrita na Educação Infantil (edição 2021/2022), que se realizou no dia 11/03/2021, a proposta e estrutura do Curso Leitura e Escrita na Educação Infantil, elaborado no contexto de um projeto de pesquisa desenvolvido entre 2013 e 2016, em parceria com as universidades federais de Minas Gerais (UFMG), do Rio de Janeiro(UFRJ), do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e com o Ministério da Educação. O objetivo foi promover amplo debate entre pesquisadores(as), do Brasil e do exterior, e profissionais da Educação Infantil para construir posicionamentos amparados em sólidas pesquisas e estudos científicos sobre o trabalho com as linguagens oral e escrita junto a crianças menores de seis anos, em instituições de educação infantil. Um dos produtos desse projeto foi a elaboração de um curso de extensão de 120 horas, destinado a professoras de creches e pré-escolas públicas, com material didático próprio, a Coleção Leitura e Escrita na Educação Infantil (projetoleituraescrita.com.br). O curso se constitui em uma ação estratégica de resistência e de contraposição às ações e projetos do atual governo, que integram a Política Nacional de Alfabetização, cujas concepções de criança, de infância, de alfabetização contradizem os pressupostos contidos nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil e a Base Nacional comum Curricular da Educação Infantil. Na edição 2021/2022, o curso foi adaptado para a versão remota, com atividades síncronas e assíncronas visando possibilitar sua realização dentro do contexto de pandemia atual. Toda a estrutura e organização do curso estão explicadas no vídeo. Uma inovação desta edição é envolver um pequeno percentual de participação de professoras do 1º ano do Ensino Fundamental, além das professoras da Educação Infantil. A edição 2021/2022 direciona-se a professoras de quatro municípios mineiros (Belo Horizonte, Contagem, Juiz de Fora e Matias Barbosa).





A Educação Infantil e as práticas pedagógicas em tempo de Pandemia











VÍDEO 03








Ângela Scalabrim Coutinho, professora da Universidade Federal do Paraná - UFPR.

SINOPSE DO VÍDEO 3


Professora Ângela Scalabrim Coutinho (UFPR), coordenadora GT 7 da Anped, apresenta reflexões a respeito da prática pedagógica com crianças pequenas, considerando esse período de pandemia. Nesse momento de suspensão e isolamento social, de necessidade de assegurar o bem estar e a vida das pessoas, o novo formato virtual, em sua avaliação, é inadequado. Explica que, manter a dinâmica das atividades diretas com as crianças, com qualidade do trabalho pedagógico nesse formato, é mediado pelas relações com crianças e famílias. Resgata a importância de revisitarmos os objetivos definidos nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil/DCNEI, como a brincadeira, para pensar os sujeitos que compõem esse coletivo institucional, a escola, e suas interações e relações, para esse momento de distanciamento social. Destaca a necessidade de pensar o processo de elaboração do encontro com o outro, das interações, de promover relações. Considerando a complexidade da Educação Infantil nesses tempos de pandemia, questiona a forma de lidar com algumas barreiras, contextos heterogêneos e as condições diferenciadas de vida das crianças. Apresenta elementos importantes de organização do trabalho pedagógico, considerando um currículo que focalize as crianças: a presença das famílias, dos adultos; o cotidiano em contexto privado; o educar e o cuidar como desafio de organização da atividade, que não se reduza ao mero cumprimento de tarefas por parte das crianças. Explifica por exemplo, o trabalho com as liguagens, as possibilidades de articulação, indicação e acesso a algumas produções culturais, que as crianças sigam ampliando seus repertórios; a brincadeira como possibilidades em contexto residencial. Sugere que os adultos, profissionais, criem um “entorno ótimo”, com tempo, espaço, relações que favoreçam experiências, ação do processo de desenvolvimento integral das crianças. Conclui suas reflexões, reafirmando a importância de tomar como referência as Diretrizes, em defesa do contexto da Educação Infantil, como contexto de vida e de qualidade para as crianças. “Que o retorno na relação com elas, seja de forma segura, seja em breve, mas segura, para que a gente possa garantir as crianças de fato essa educação de qualidade que a gente tanto defende”.


top
e loading -->